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Alguns poetas brasileiros fizeram rondeis, adaptados a seu jeito, como Olavo Bilac e Manuel Bandeira. Em Portugal, o modelo foi introduzido por Eugenio de Castro (1869-1944). Um rondel, em sua versao mais cultivada, e' um poema de trs estrofes, em 13 linhas, com a ultima repetindo a primeira. Ha' tambem o rondel de 14 versos, com a repeticao dos dois primeiros no fim, mas neste livro o modelo seguido e' o mais comum, de 13 versos. O esquema classico de rimas e' abba-abab-abba-a e a metrica costuma ser de oito sílabas, com acentuacao tonica na quarta e na oitava. Em muitos casos, o rondel e' uma brincadeira com os temas ou com as rimas. Sua origem esta' na Franca do seculo XIII, na mesma fase em que o soneto nascia na Italia (nas maos de Giacomo da Lentini, nao de Francesco Petrarca, como se pensava), e ele servia basicamente como letra de musica, assim como o rondo', do qual muitos dizem ser um tipo. Se sim, e' o mais enxuto dos rondos. No seculo XX a intelectualidade elevou a forma verso livre, criada por Madre Hildegarda no seculo XII, como a mais utilizada na poesia. Ela parece ser uma forma menos trabalhosa que as metrificadas, mas nao e' mais facil - so' me atrevi a fazer verso livre depois de ter escrito centenas de poemas com metrica -, e ela traz o problema de nao ser muito amigavel para com os musicos. Quando um compositor poe melodia em um poema metrificado, o ritmo ja' vem sugerido na prosodia, e ele recebe o presente de poder repetir as frases musicais nas estrofes de mesmo formato. Se o poema e' em versos livres, ele ate' pode repetir blocos melodicos, mas a dificuldade e' grande. Assim, os jovens que se iniciam na arte poetica, se querem ver seus poemas musicados, devem praticar a metrificacao, sem preconceito, para nao dificultar a vida dos compositores de cancoes.

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9798299045093

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